Rastreio do CCR
INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS
>50 ANOS
Sem história familiar
Com história familiar
1 parente do 1º grau
com CCR ou adenoma <60 anos
ou
2 parentes 1º grau
independentemente da idade
1 parente do 1º grau com CCR
ou adenoma >60 anos
ou
2 parentes do 2º grau
independentemente da idade
Início do rastreio 10 anos antes
da idade do familiar mais novo
e depois de 5/5 anos
Início do rastreio 40 anos e
depois de 5/ anos
Família com história de
cancro hereditário
CCHNP ou PAF ou PAM
aconselhamento genético
rastreio específico
Rastreio de
5/5 anos
CCHNP - carcinoma do cólon hereditário não associado a polipose
PAF - polipose adenomatosa familiar
PAM - polipose associada á mutaçao do gene MÝH
parentes do 1º grau: avós, pais, irmãos, filhos, tios e sobrinhos
70 -80%
<5%
10-25%
RASTREO DO CANCRO DO CÓLON E DO RECTO
O QUE É O RASTREIO?
Rastreio ou despistagem é a forma de detectar uma doença incipiente num individuo sem sintomas. O rastreio é eficaz numa minoria de
cancros. Em muitos cancros é mesmo contraproducente. Mas, no cancro da mama, do colo do útero e, no cancro do cólon e recto (CCR)
o rastreio provou que pode salvar vidas.
O QUE É O CÓLON E O RECTO ?
O cólon é a porção do tubo digestivo com cerca de 140 cm de comprimento que se segue ao intestino delgado. A função do cólon é
absorver água tornando as fezes mais sólidas. O recto (ampola rectal) é a porção final do tubo digestivo com 20-25 cm de
comprimento, que serve de reservatório das fezes antes de serem expulsas. O conjunto do cólon e recto constituem o intestino grosso
que mede 120-140 cm de comprimento. Ver anatomia do intestino grosso
O CANCRO DO CÓLON E DO RECTO -CCR- É MUITO FREQUENTE?
Nos países ocidentais o CCR é muito frequente. Em Portugal aparecem anualmente mais de 4.000 novos casos, sendo a primeira causa
de morte por tumor maligno. Por dia perdem-se no nosso país 8 vidas por causa desta doença.
COMO DEVE SER FEITO O RASTREIO?
Várias técnicas de diagnóstico são utilizadas no rastreio do cancro do cólon e recto. Todas têm vantagens e desvantagens. Nenhuma é
perfeita. Todas deixam passar lesões benignas e malignas. O Cólon tem cerca de 149 cm com ângulos, austrações e a limpeza nem
sempre é perfeita.
1.
Pesquisa de sangue oculto nas fezes - é barata e de fácil execução, mas em rigor, não é uma técnica de rastreio. o resultado
deve ser interpretado com cuidado. Para alguns é uma técnica de pouco valor e para outros é até, contraproducente.
2.
Rectosigmóidoscopia rigida - foi a técnica utilizada desde finais do século XIX até à decada de 70 do século XX, quando apareceu
a fibroscopia. Não permitia ver além dos 25 cm.
3.
Fibrosigmóidoscopia - é realizada com um aparelho flexível com 60 cm de comprimento. Exige uma limpeza simples do intestino.
E execução é rápida e pouco incomodativa. Em Portugal mais de 85% dos pólipos estão ao alcance do fibrosigmóidoscópio.
4.
Colonoscopia esquerda - é executada com um colonoscópio (160 cm). A limpeza do intestino faz-se com uma solução líquida oral.
Pretende-se atingir pelo menos a metade esquerda do cólon (cego,sigmóide, cólon descendente, ângulo esplénico e metade do
cólon transverso) e, se possível, observar o cólon todo.
5.
Colonoscopia total. A limpeza do cólon é feita com uma solução líquida oral. É feita, quase sempre, com sedação o que permite
observar todo o cólon em mais de 95% dos casos. As complicações graves são muito raras.
6.
Clister Opaco - técnica radiológica permite examinar todo o cólon. Cada vez se usa menos porque não permite a biópsia mas,
ainda pode ser útil.
7.
Colonoscopia virtual (colonografia por TAC) é uma técnica recente que exige uma limpeza como a colonoscopia total. Muitos
pólipos com menos de 10 mm não são observados nesta técnica.
8.
Estudo imunoquímico das fezes
QUEM DEVE FAZER O RASTREIO DO CCR?
- 1 - Os Indivíduos assintomáticos com idade >= 50 anos, sem factores de risco para CCR.
- 2 - Os indivíduos com risco aumentado de vir a ter CCR
- Indivíduos com parentes de 1º grau com pólipos do cólon ou CCR
- Indivíduos pertencentes a famílias com Síndrome de Cancro do Cólon e Recto Hereditário Não
Associado a Polipose (CCHNP - Síndrome de Lynch)
- Indivíduos pertencentes a famílias com Polipose Adenomatosa Familiar do Cólon;
- Indivíduos com Colite Ulcerosa há mais de 10 anos.
COMO SE FAZ O RASTREIO DO CANCRO DO CÓLON E RECTO?
Várias técnicas de diagnóstico são utilizadas no rastreio do cancro do cólon e recto (CCR). Todas têm vantagens e desvantagens,
nenhuma delas é perfeita.
1 - Pesquisa de sangue oculto nas fezes - é barata e de fácil execução, mas o resultado deve ser interpretado com cuidado.
2- Fibrosigmóidoscopia - é realizada com um aparelho flexível com 60 cm de comprimento. Exige uma limpeza simples do intestino:
clister de limpeza. A execução é rápida e pouco incomodativa. Em Portugal mais de 85% dos pólipos estão ao alcance do
fibrosigmoidoscópio.
3- Colonoscopia esquerda - é executada com um colonoscópio (160 cm).
4- Colonoscopia total. A limpeza do cólon é feita com uma solução oral laxante - por exemplo esta.
A observação total do cólon deve ser feita com anestesia o que encarece o exame.
5- Clister Opaco - cada vez se usa menos mas, pode ser útil se não for possível a colonoscopia.
6- Colonoscopia virtual - feita pela TAC exige a limpeza do intestino tal como a colonoscopia mas não se introduz nenhum aparelho,
não se faz sedação. Introduz-se ar e demora cerca de 10 minutos. Tem o inconveniente de não permitir fazer biopsias nem polipectomia
e é cara.
E SE APARECER UM OU MAIS PÓLIPOS
Ver em pólipos
VER TAMBÉM:
CCR (Cancro do cólon e do recto)
OUTROS SITES sobre o rastreio do CCR
Em português: SPED Liga portoguesa contra o cancro
Sindrome de Lynch
Em portugues, no site brasileiro do ABC da saúde:Detecção precoce do cancro do cólon e do recto
Em ingles - American Cancer Society Recommendations for Colorectal Cancer Early Detection
Antony Lynch
nasceu nos EUA
em 1928