Marcadores do cancro do cólon
Um painel, recente, de peritos em marcadores no cancro da mama e do cólon promovido pela American Society of
Clinical Oncology (ASCO) recomendou que o CEA e CA 19-9 não sejam usados no rastreio do cancro do cólon e
recto. Uma recomendação semelhante foi feita pelo European Group on Tumor Markers.
OS marcadores, CEA e CA 19-9, não devem ser utilizados para detectar um cancro do cólon e recto (CCR) porque
há um significativo “overlap” com doenças benignas e têm uma sensibilidade muito baixa. O CEA pode estar
elevado na gastrite, na úlcera péptica, na diverticulite, nas doenças do fígado, nas doenças crónicas obstrutivas do
pulmão, na diabetes e em situações inflamatórias agudas ou crónicas.
Embora de reduzido ou mesmo nulo valor no diagnóstico ou no rastreio do cancro, por falta de sensibilidade e
especificidade, os marcadores tumorais, são úteis para avaliar a resposta ao tratamento e ajudar a avaliar possíveis
recorrências.
Indivíduos com valores do CEA superiores a 5 ng/mL (CEA>5 ng/mL) no pré-operatório, têm um prognóstico pior
do que os os que têm valores mais baixos. Valores elevados no pré operatório que não normalizem depois da
cirurgia indicam persistência da doença.
Não é raro ver-se uma família em pânico, a fazer exames durante meses e meses, á procura dum cancro que não
existe mas que foi sugerido por uma análise sem valor.
O CEA tem valor no seguimento, após a cirurgia do cancro do cólon.
A determinação do CEA no conteúdo dos quistos do pâncreas colhido por aspiração é útil, mas, a técnica é difícil e
pouco utilizada.
TUMORES